sexta-feira, 20 de novembro de 2009

20- Incompreendido

“O que você tá fazendo aqui?!”, sussurrava.
“Preciso falar com você.”.



“Tá tarde, Scott. Meus pais vão acordar com esse tumulto todo. Vai pra casa, Scott...”, ouvi-la dizendo o meu nome me estremecia.


“Não, Mariana! Se você não quiser conversar comigo... Vou continuar aqui do mesmo jeito!”, eu falava sério.


“Scott...”, a sua voz implorava.
“Falo sério, Mariana. Preciso conversar com você.”



“Fala baixo. A sua namorada tá atrás das plantas? Porque eu não caio mais nessa...”, falava magoada, mas tentava parecer que não.


“Namorada?!”


“Aff! Muito inocente, sei... Não quero conversar com você. Amanhã vou acordar cedo. Então, por favor...”
“Vou ficar aqui esperando.”



“Scott, não complica a minha vida...”, tentou. “Tá. Vou descer...”.


Não demorou e estava passando pela porta da varanda. Como eu tinha esperado por esse momento.


Abracei-a carinhosamente, enquanto sentia o meu coração querendo sair do meu peito.
“Mariana... Eu te amo tanto...”, sussurrei por entre os seus cabelos.



Encostei meus lábios em seu pescoço.


Depois dei um leve beijo em seu rosto...


... E me perdi em seus delicados lábios.


Ela, que começou timidamente, retribuía com a mesma intensidade e paixão os meus beijos. Não queria que aquele momento terminasse nunca. Cada segundo com ela eram preciosos e insaciáveis.


Repentinamente, ela se afastou de mim.
“Não, Scott... Não... Por favor, só... Me deixa.”



“Não me peça algo assim. Foi por que eu te beijei?! Foi pelas coisas que fiz antes? Se for já pedi desculpas, eu me arrependo de verdade, Mariana. Só não me peça pra ficar longe de você, porque não posso...”.


“Você tem uma namorada e eu tenho um namorado.”.


“Não sei de onde você tirou essa idéia de que tenho namorada. Não tenho namorada. Passo os meus dias só pensando em você, querendo te tocar de novo...”, quis tocar o seu rosto, mas ela afastou a minha mão.


“E já sei que você não tem um namorado.”, falei irritado.


“Arrogante! Não preciso mentir. Ao contrário de você tenho o costume de ser sincera. Quer saber, Scott?! Você e a Kate são exatamente o tipo de pessoa que me fizeram preferir passar tanto tempo socada entre os livros.”.


“Sempre com mentiras, com fingimentos... Sempre planejando fazer mal a alguém. Eu não me importo com o que vocês fazem da vida, só não apareça na minha casa dizendo coisas bonitas e fazendo com que eu me sinta especial, enquanto só espera poder rir de mim depois. Não volte aqui! Pare de me seguir no colégio! Só me deixe em paz, Scott!”.


“Mariana, sei que o meu passado me condena... Mas eu tô tentando mudar, tô me esforçando. Eu não menti, nem quero te fazer mal. Eu te amo, Mariana.”.


“Não, Scott. Você só poderia me amar se soubesse amar. E já disse que tenho um namorado. Ele sim é um bom rapaz. Você não é nem metade do que ele é... Vai atrás da sua Kate...”, ela saiu. Aquelas palavras me magoaram. Odiava tudo o que já tinha feito na vida. Não podia sequer tirar a razão dela.


Sai e fui direto ao ClubMix. Queria poder falar com a Kate, só vê-la já me faria bem. Não a encontrei lá, então decidi ir até a sua casa.


Toquei a campainha e ela mesma me atendeu.


“Kate...”, minha voz denunciava a minha agonia.


“Ah, Scott... Vem cá.”, ela me abraçou.

2 comentários:

  1. Olha, concordo com a Mari. "Vai atrais da sua Kate". Esse foi o comentário certo, certamente.
    Entretanto, ainda imagino que o Scott no final do final ficará com a Mari. Enfim, fico torcendo da mesma forma para a Kate e o Scott *-*
    Continuando>>

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  2. Esses adolescentes ficam complicando tudo... ><

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